sexta-feira, 12 de março de 2010



Era “sexta feira 12”, o calor da noite soprava o clima perfeito para o descanso após um longo dia de vários cartuns rabiscados no papel, Glauco ainda ria da ultima piada que criara.


Mas em meio a paz que acampava ali, Dois homens armados entraram junto com o barulho de móveis sendo quebrados e gritos pedindo imobilidade.


A família se reunia no canto da sala, filhos, mãe e o pai na frente protegendo o que tinha de mais valor.


A máscara negra dos assaltantes era à prova de expressões, à prova de sentimentos; os olhos que estavam atrás dos gorros pretos talvez jamais revelem seu verdadeiro objetivo ali. Mesmo impotente, o cartunista tentou a negociação, poderiam levar o que quisessem, mas que a família ficasse bem. Mas a morte é impessoal, não escolhe credo, classe, cor ou talento. Da arma do meliante 4 tiros levam a vida de Glauco e parte da alegria do Brasil.


Seu filho Raoni, de 25 anos, não suporta aquela sena, seus olhos prometem vingança, o que o assassino percebe a tempo e temendo o ódio ocular do garoto aperta o gatilho, findando a vida promissora do universitário.


Sem levando apenas 2 mortes na consciência, os bandidos sem levar nenhum bem material da residência, pisam no acelerador do carro roubado e saem gargalhando em disparada pelas ruas de Osasco, tingindo a noite de morte e piada sem graça.


Na mesa de luz , onde Glauco trabalhava, todos seus personagens mais memoráveis (Netão, Zé Malária, Ficadinha, Casal Neuras e os demais) cessam as risadas e ficam em silêncio, até Geraldão, personagem que anda sem roupa a décadas, veste trajes pretos e chora pela morte do pai.



Para quem não conhece as obras de um dos mais talentosos cartunista desse Pais, entrem no site: http://www2.uol.com.br/glauco/index.shtml





Até o momento era essa a versão da historia, amanha aqui no blog a segunda versão em que nem Jesus escapou.


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