sábado, 29 de agosto de 2009


Dia 06/08/09, Itumbiara presenciou um momento inédito na história da cidade: um Workshop conduzido pelo mundialmente renomado baterista brasileiro Aquiles Priester (Hangar, ex-Angra). Foi um evento muito bem feito, e com direito até a parabéns para o organizador Hiury, cantado por todos os presentes no local, e como presente, Hiury teve a oportunidade de tocar duas músicas na bateria do Aquiles.

A equipe do blog Recanto do Rock , parceira do NÃO ESTOU LÁ , compareceu para ver as habilidades do baterista e depois bater um papo com o cara.

O que você achou do Workshop, foi o que você esperava?
- Foi uma surpresa grande, porque, geralmente, quando você vai pra cidades pequenas, tem duas chances, de ser um evento legal, sempre tem gente que curte metal e as pessoas vem de um pouco mais longe e tal, ou então já se preparam pra aquele evento. Então eu tive uma expectativa boa porque no triângulo mineiro, sempre foi muito legal. Dessa vez a gente pensou em fazer um evento um pouco mais "abafado" pra dar chance das pessoas daqui virem mesmo.

Exato, é o que tava faltando pra Itumbiara mesmo. De certa forma foi um marco pra cidade, porque é a primeira vez que vem uma coisa mais profissional relacionada a metal.
Quais são suas principais influências, tanto no metal internacional quanto no nacional?
- Eu gosto muito das bandas clássicas né? Tipo, Iron Maiden, Deep Purple, Led Zeppelin. Tô bastante ligado em tudo que tá rolando em termos de metal e especialmente de bateria, do mundo inteiro, de um material mais novo. Mas eu também sou bem eclético, da mesma forma que eu posso ouvir Death, eu posso ouvir uma banda tipo 14 Bis não tem problema nenhum. Lógico que tem uma certa restrição ao tipo de música, não pode ser uma coisa tão diferente. Eu geralmente classifico como música boa e música ruim entende? Não tem um estilo assim. Logicamente que pagode e sertanejo não são o tipo de música que eu gosto de ouvir. Mas tudo que é bem feito. Eu não me importo de ouvir música pop, desde que tenha uma essência, uma coisa legal, que seja uma coisa verdadeira, que tenha músicos tocando aquilo. Isso também forma um pouco a forma como eu toco Metal, eu misturo isso tudo e transformo no meu estilo.

O que você acha dos músicos que tocam apenas por dinheiro e deixam de lado o amor pela música?
- Isso acaba né! Acaba porque o público vê. É diferente você estar numa banda, vamos supor, de uma dupla, onde aquele é o seu trabalho e você tem a tua banda paralela, que é onde você investe o dinheiro que você ganha do seu trabalho, aí eu realmente acho que é uma coisa justa porque você tá trabalhando de uma forma digna e ainda com música, que é uma coisa realmente difícil aqui no Brasil. Acho muito legal! Agora, em termos de banda, esse tipo de coisa, o público não se deixa enganar.

É verdade, e ainda mais pra metal né. Porque é igual como falam: música sem sentimento, não existe. Tem que causar um sentimento pra pessoa se sentir atraída e ouvir.
-Exatamente!

Aquiles mande uma mensagem para o pessoal que está começando, com banda, baseada nas suas experiências. Tanto na parte de marketing, na financeira que é o lance da divulgação e dos equipamentos, quanto na parte da música, de maturidade musical.
- Acho que o importante é a banda ter em mente que querendo ou não você vai fazer a música pra que alguém escute, então você tem que estar um pouco atualizado e ligado com o que está rolando no mercado. Logicamente, a gente tem algumas bandas que estouram no mundo inteiro e é uma coisa que ninguém imaginava que iria acontecer. Acho que uma das ultimas bandas que isso aconteceu, foi um estouro, foi o Nirvana, uma banda que mesmo que você não gostasse, você ficou sabendo da abrangência deles. Eu acho que é importante, você ter uma noção de mercado e também saber trabalhar a imagem da sua banda. Você precisa fazer a música, você precisa fazer isso chegar nas pessoas que podem fazer a sua banda se tornar uma banda profissional. Tem um caminho gigantesco entre a formação da banda até o sucesso, e do conhecimento do público. Então tem várias etapas, que eu acho que são coisas legais que a gente precisa passar pra gente dar valor. Acho que as coisas que vêm de graça, elas vão embora de graça muito rápido, então quando você tem amor por aquilo, quando você sua, quando você vai etapa por etapa, aquelas coisas se tornam parte da sua vida e você não quer perder mais aquilo. Acho que isso é importante, tudo que vem rápido, vai embora rápido.

Certo! Vamos fazer um lance aqui, não querendo compiar a Roadie Crew, mas como eu também sou fã da revista.
(completando) É uma grande revista.

Exatamente. Então vamos fazer mais ou menos o lance da ultima pagina:
Qual foi o primeiro album de Metal que você ouviu?
- O primeiro álbum que eu realmente ouvi foi o Somewhere In Time do Iron Maiden, 1986

Um album dos anos 70 que você indica?
- Fly by night do Rush, com certeza. Foi um divisor de águas!

... Dos anos 80?
- Dos anos 80 com certeza o Somewhere In Time. Foi o disco que eu mais ouvi na minha vida independente de gênero, e até hoje. É legal porque esse disco marcou muito a minha vida. Tem várias fases que eu escuto as músicas e sempre lembro de muitas coisas nas músicas daquele disco. Aquela fase do Iron Maiden de 86, 87, são dois anos que eu mais gosto da banda. Eu acho o visual da banda mais legal, o disco, as músicas, eu acho que era uma época que eles estavam muito inspirados, e eu acho legal na música exatamente isso, que ela trás sempre recordações. Você pode ouvir a música e daqui a vinte anos e você vai lembrar exatamente o que aquela música significa.

Um album dos anos 90.
- Dos anos 90 citaria o Flow do Conception. Eles lançaram um disco em 97 que se chama Flow que é um disco que foi... Ele até hoje, quando você escuta o disco, percebe que é muito moderno, e para aquela época as pessoas não entenderam. Ah, ainda virou um disco cult.

Um album que você mandaria pra quem mais odiasse.
- (risos totais) Sei lá (pensativo)...

Quatro bandas que você escolheria para um festival?
- Eu escolheria o HANGAR, Journey, o Rush e Iron Maiden. Nessa ordem, dai eu poderia morrer em paz.

Então aproveitando, qual música você gostaria que tocasse no seu funeral?
- Ahhh! (risos) Caught Somewhere in Time do Iron Maiden, com certeza!

Alguma indicação de banda atual?
- Com certeza! Tem uma banda muito legal, que eu gosto muito e tá lançando disco novo em setembro, o nome dela é HANGAR (risos), e eu tenho certeza que vocês vão se surpreender de mais com esse disco. Quando você grava um disco, você começa a escutar ele várias vezes e tem umas coisas que você grava ali na hora, são espontâneas só que você tem que reaprender muitas coisas e nesse disco realmente foi um disco que eu e a banda inteira vai ter que trabalhar muito pra reproduzir o que a gente fez em estúdio. A gente fez muitas coisas na hora, e tinham coisas que eu cheguei pra tocar e eu não me lembrava, eu tive que ir atrás de vídeos de gravação pra assistir. E uma outra banda que eu acho legal, que vale a pena vocês curtirem é o Torture Squad, é uma banda muito boa, é uma banda que merece, são dedicados, é uma banda extremamente boa ao vivo.

Muito obrigado pela entrevista Aquiles!

- Valeu! Visitem o site www.hangar.mus.br
Um abraço.


Entrevista realizada graças ao amigo Lennon Oliveira.
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Um comentário:

  1. olha eu gostei muito virei ate amigo do aquiles em março ele estara dinovo so estara dinovo em março so nao tem a data definida pq e muito workshow abç galera

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