Entrevista exclusiva com o Torture Squad

Em passagem pelo Triângulo Mineiro, a banda Paulista de renome internacional Torture Squad (Death/Thrash ) fez um grande show em Araguari dia 10/05 quando aconteceu o evento Profane 7.

Pra quem não conhece, o Torture Squad é uma das mais consagradas bandas de Metal do Brasil. Formada em 1990, hoje a banda já conta com 6 discos gravados além do prêmio de grande vencedora do "Metal Battle" no festival Wacken Open Air em 2007, o que rendeu um contrato com a Armageddon Music.

O talentoso baixista Castor bateu um papo com a equipe do Não Estou Lá e falou um pouco sobre a atual fase da banda:

Quando a Torture Squad começou, vocês já imaginavam que teriam esse reconhecimento tanto nacional quanto internacional?

Desde a primeira demo nós já colocávamos toda nossa paixão no que fazíamos, já tinha a idéia de dar sempre o nosso melhor, pra banda crescer e pra cena do metal crescer junto.
O reconhecimento vem com o tempo, porque as coisas só acontecem quando você trabalha e se dedica a um sonho, e o que esta acontecendo na banda agora, é só o reflexo do que a gente vem fazendo.
Quem nos colocou onde estamos, foi a galera que nos apoiou e que incentiva o movimento underground.

Qual foi a reação quando vocês ficaram sabendo que representariam o Brasil no Wacken open Air?

Foi uma super emoção né velho? Representar o Brasil em um evento daquele porte é um sonho de qualquer banda de metal. Tivemos a oportunidade de tocar lá em 2007, assim conseguimos assinar contrato com a gravadora Wacken Records, eles estão fazendo a divulgação do Hellbound. O ano passado tivemos a honra de nos apresentar novamente no Wacken, pra mim foi um sonho, ainda mais com o Iron Maiden e o Carcass, que foram bandas que eu cresci escutando.
Quanto mais você vai trabalhando, mais resultados positivos vão surgindo e você tem que segurar, continuar lutando, tem cara que pensa que vai chegar em um patamar e esta bom? Não, tem que sempre buscar mais.

Vocês já tiveram 2 guitarristas, e recentemente enfrentaram outra troca, a saída do músico Maurício, como a banda está enfrentando essa nova fase?

O lance do Mauricio foi uma coisa mais particular da vida dele, não foi por briga nem nada, continuamos amigos, só mantemos menos contato agora em razão das viagens da banda, O Mauricio saiu das guitarras porque ele tinha acabado de casar, sua mulher estava grávida e a criança iria nascer bem no mês do início da nossa turnê pela Europa, daí ele achou melhor ficar com a família e presenciar o nascimento do filho, nós da banda demos o maior apoio.

O novo Guitarrista, Augusto Lopes, eu já conhecia o trabalho dele no Eternal Malediction e o convidamos pra fazer uma audição, a meta dele era a mesma que a nossa e o Augusto foi se encaixando aos poucos tanto musicalmente quanto ideologicamente.

Então quem gravou o ultimo disco, Hellbound, foi o antigo guitarrista (Mauricio)?

Sim, foi o Mauricio que gravou. Enquanto a gravadora ainda se decidia da melhor data de lançamento ele saiu da banda. Foi ai que o Augusto entrou, tanto que no encarte do CD a foto é do Augusto, mas quem gravou foi o Mauricio, você pode ver isso nos créditos (risos).

Quais são suas principais influências como baixista?

Minhas principais influências são:Steve Harris,Geezer Butler e também o Rudy Sarzo.
Eu colocava o LP do “Speak of the Devil” e ficava tentando tocar as músicas, depois vieram os discos do Iron Maiden... Essa foi minha escola.

Onde o Torture Squad estará daqui 10 anos?

Vão continuar os 4 maloqueiros do jeito do mesmo jeito , fazendo a sonzeira trash dath metal e tocando em tudo quanto é buraco pra galera curtir... Eu me inspiro muito no Lemmy (Motorhead) Angus Young(AC/DC), os caras estão ai com 60, 70 anos fazendo o mesmo som do inicio de carreira, é esse tipo de paixão que o Torture Squad busca.

Muito obrigado,Castor.Deixe uma mensagem aí pro pessoal!

Muito obrigado pelo apoio.A cena mineira sempre foi forte,e continua forte e o Torture Vai estar sempre aí.

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